Humor na adolescência: Será mesmo um bicho de sete cabeças?

Humor na adolescência: Será mesmo um bicho de sete cabeças?
Uma história de amor e ódio

Quando se refere a humor na adolescência, é muito comum ouvir os pais relatarem coisas como:

  • - Hoje meu filho adolescente não quer conversa...
  • - Fui perguntar se quer suco ou “Toddy” no café da manhã, e ele veio com três pedras na mão dizendo que eu sei que ele só toma “Toddy” e só pergunto para irritá-lo.
  • - O que aconteceu? Por que ele acordou tão nervoso?
  • - Ontem sentamos na frente da TV, vimos um filme juntos, e até conversei com ele sobre nosso dia? O que aconteceu?
  • - O que pode ter acontecido a noite para ele acordar tão agressivo comigo?

Já aconteceu algo parecido com você? Se você é pai ou mãe de adolescente, provavelmente sim.

E não se preocupe. Não é só com o seu filho adolescente, e o problema dele NÃO é você!

O cérebro adolescente

Há poucos anos, pesquisas demonstram os diferenciais do cérebro adolescente. Acreditávamos que na adolescência o cérebro já estava em total formação e que o verdadeiro vilão eram os hormônios, mas hoje sabemos que não é só isso. 

Os hormônios na adolescência estão sim, a mil por hora, mas o nosso grande desafio é compreender como o cérebro de nossos adolescentes está nessa fase e como agirmos diante disso tudo.

Vamos lá: o nosso cérebro desenvolve-se de trás para frente. Então, a parte frontal ainda não está totalmente formada na adolescência. Não vou entrar em detalhes sobre o cérebro adolescente, pois não é objetivo deste texto. 

O que precisamos saber é que a parte frontal do nosso cérebro é responsável pela formação de limite, juízo, empatia, planejamento, discernimento, controle dos impulsos, concentração.

A amídala (outra estrutura no cérebro), também está imatura, e é ela a responsável pelo temperamento explosivo na adolescência. 

E agora, a maior das explicações referentes a esse texto: na adolescência temos pouca produção de serotonina. A falta dela é responsável pela agressividade, depressão e a nossa temida oscilação de humor na adolescência.

Entende que muitas vezes não vamos conseguir compreender o porquê de nosso adolescente estar se sentindo como se sente? Nem ele mesmo compreende. 

E talvez você se questione: - E o que eu posso fazer, então?

Lembra dos exemplos no início do texto?

Quando seu filho não quiser conversar, respeite o tempo dele. Ele estava animado ontem e vocês conversaram. Ótimo! Quando esta oportunidade surgir novamente, aproveite-a ao máximo. Mas fique atento: não querer conversar é diferente de responder aos pais de forma grosseira!

Se seu filho te responder de forma grosseira, você pode dizer:

- Sei que está irritado e talvez nem saiba o porquê, mas não admitiremos grosseria nessa casa.

Caberá a cada família saber o seu limite a essas respostas grosseiras e a necessidade de intervenção adequada.

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