Quando se refere a humor na adolescência, é muito comum ouvir os pais relatarem coisas como:
Já aconteceu algo parecido com você? Se você é pai ou mãe de adolescente, provavelmente sim.
E não se preocupe. Não é só com o seu filho adolescente, e o problema dele NÃO é você!
Há poucos anos, pesquisas demonstram os diferenciais do cérebro adolescente. Acreditávamos que na adolescência o cérebro já estava em total formação e que o verdadeiro vilão eram os hormônios, mas hoje sabemos que não é só isso.
Os hormônios na adolescência estão sim, a mil por hora, mas o nosso grande desafio é compreender como o cérebro de nossos adolescentes está nessa fase e como agirmos diante disso tudo.
Vamos lá: o nosso cérebro desenvolve-se de trás para frente. Então, a parte frontal ainda não está totalmente formada na adolescência. Não vou entrar em detalhes sobre o cérebro adolescente, pois não é objetivo deste texto.
O que precisamos saber é que a parte frontal do nosso cérebro é responsável pela formação de limite, juízo, empatia, planejamento, discernimento, controle dos impulsos, concentração.
A amídala (outra estrutura no cérebro), também está imatura, e é ela a responsável pelo temperamento explosivo na adolescência.
E agora, a maior das explicações referentes a esse texto: na adolescência temos pouca produção de serotonina. A falta dela é responsável pela agressividade, depressão e a nossa temida oscilação de humor na adolescência.
Entende que muitas vezes não vamos conseguir compreender o porquê de nosso adolescente estar se sentindo como se sente? Nem ele mesmo compreende.
E talvez você se questione: - E o que eu posso fazer, então?
Lembra dos exemplos no início do texto?
Quando seu filho não quiser conversar, respeite o tempo dele. Ele estava animado ontem e vocês conversaram. Ótimo! Quando esta oportunidade surgir novamente, aproveite-a ao máximo. Mas fique atento: não querer conversar é diferente de responder aos pais de forma grosseira!
Se seu filho te responder de forma grosseira, você pode dizer:
- Sei que está irritado e talvez nem saiba o porquê, mas não admitiremos grosseria nessa casa.
Caberá a cada família saber o seu limite a essas respostas grosseiras e a necessidade de intervenção adequada.